quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Um velho quadro, para uma nova moldura!


Foi em um domingo.... até então ensolarado que eu percebi que não havia mais amor, mesmo que fosse algo complicado para entender naquele dia... A soberba venceu o amor, uma criança pode não entender certas palavras e não ter a maturidade para avaliar uma situação, mas uma criança entende olhares e expressões, até mesmo mais que um adulto pois são mais observadoras!


terça-feira, 17 de julho de 2012

Bambolê dos Otários

Dança o pobre brasileiro, rebola no cheque especial o mentor da família, desequilibra- se o orçamento da mãe de três filhos, que não possuem mais o pai para arcar com as despesas dos meninos.

Cai ao chão os sonhos da jovem doméstica, que assim como nós sustenta um plenário que conta com uma vasta hierarquia de charlatões, biltres, armados pela regra do sistema, a jovem não consegue pagar seus estudos, vai ao chão o rapaz que não consegue administrar suas financias, morre nos juros das contas de créditos, vítima das armas capitalista das grandes organizações politizadas.

Não há transporte, não há educação e saúde de qualidade, o bambolê dos otários é privado, quer se equilibrar, então pague para isso.

Desconcertado no crediário fica o pai de família, que dividiu em infinitas prestações a mobília nova de sua humilde residência, e ainda tem as despezas de seus dois filhos pequenos, um doente e outro em idade pré- escolar, sua esposa se rebola em um tanque de roupas para ajudar na criação dos meninos.

O país dos juros, dos impostos, não deixa os filhos da patria amada crescerem, somos açoitados diariamente por taxações e imposições financeiras.
Fazemos parte de uma impiedosa inquisição, onde temos os gatilhos voltados para nossas gargantas, nos afogamos nesse mangue onde a maior parcela daquilo que passamos a vida para conquistar é direcionada à um pequeno número de barbas brancas que não querem, não se dão ao luxo de viver como um cidadão pleno.

Trabalhamos para que os filhos dos brabas bracas não precisem trabalhar, empobrecemos, para poder enriquecer cada vez mais os barbas brancas, e que seus filhos possam viver no exterior longe desse rebolado.

É o rebolado do brasileiro, sacode o corpo na avenida e curte o carnalval, de carnaval em carnaval vamos financiando nossa sentença de morte.

Enquanto isso, trabalhamos para enriquecer o estado, não vemos nossos filhos crescerem, os filhos da patria amada afogam seus conceitos.

O filho do barba branca enriquece através do dinheiro público, e os netos da patria amda, indignados com o que lhes foram roubados, vão ao encontro dos filhos do barba branca e tomam de volta esse dinheiro, e o maior descaso, os sçao denunciados de roubo, serão enjaulados por um crme que não cometeram, eles só foram buscar aquilo que foram tirado deles, tirado de seus pais.

As organizações políticas maestram esse rebolado, nós correspondemos as suas ordens partituradas, trazendo todo o contexto rítmado desse lindo rebolado brasileiro.

Muitos continuam a rebolar, outros já se acabaram, e são sempre substituídos, e um grupo pequeno continua a maestrar seus bambolês, não há revolta, não há revolução, não há solução, segue a exploração descaso e escravidão dando o tom da sinfônia, Da Capo, Al Fine!

Copo Vazio

Prefiro a escuridão sombria da minha solidão aos sorrisos falsos e subversívos da distração noturna.
Por hora, prefiro me concentrar no silêncio da reflexão vozes, gargalhadas e música comercial atrapalham o meu viver.


Prefiro não me seduzir pelo seu perfume, tão errante e envolvente, pela valsa do seu olhar o brilho do seu cigarro e a clareza remoente do seu copo de cerveja.


O brilho de suas roupas me assusta, pois esse mesmo brilho não é transmitido em seu olhar, as pedras finas e brilhante do seu brinco, tentam me dizer algo.


A boemía, habitat dos inconsoláveis, desalmados e desapegados, agora habita gente bonita, alegante, alegres e finas, ou será que tudo continua como no passado, só mudaram os figurinos...


A subexistência da aparência, do ego, serve como um casulo de sua fragilidade, para te proteger de si mesmo, do seu próprio alter conceito.
Sua maior enfermidade é cobrir as suas mazelas, como um ato de covardia, tentando esconder do mundo à fora, quem você é... você nunca deixa de ser o mesmo se você não se permitir, um casulo fechado será sempre um casulo, para que saia a mais linda borboleta é preciso que ele se rompa.


Vejo pessoas vagando, seguindo sem rumo, desnorteada, procurando algo que valha a pena viver e terminam sempre no mesmo lugar, na mesma mesa, no mesmo copo de cerveja poetizando sempre os mesmos versos.


Versos doloridos que atacam minh´alma, porém elas insistem sempre no mesmo caminho, com medo de perder as migálias que possuem o último mísero trago de suas alegrias, mesmo que isso seja um placebo.
Garçom, me traga um copo dessa armagura, para que eu possa me aembebedar nessa dor da insuperação, depois me traga uma garrafa dessa dor miserável, para eu me afogar nos resquícios de vida que me sobra, por último ascenda meu passado, para que eu me consuma no meu pior ímpeto na minha pior nicotina.


Por voltas do passado atravessando o presente, querendo se colidir com o futuro, continuo a caminhar nessa praça escura e gélida com a mente vazia e perdida, habitada por vagos momentos de pseudo lucidez, decorrente da escuridão dessa marginalizada solidão, como sempre desejei, o meu copo vazio ainda me trás uma lembrança da mais pura sinceridade, não há nada aqui, não há nada para fazer aqui!

A Valsa dos Violinos

Registro pensamentos, para que no momentos exato eles sejam convertidos em ações, registro históricos, fatos de nossas vivências.


A arte é o repertório do homem sua identidade social, aos amantes da arte, amantes da vida, sensíveis ao amor.
Sabem sorrir, abraçar, amar, usar sua vida como uma tela, um palco, para ser desenhado, ou até mesmo atuado a mais bela obra da vivência. Amar a arte é amar o ser humano e registrar sua história.


Não sendo apenas bela, mas detentora de uma lado mórbido, trágico, acizentado e nublado, a arte é a identidade do seu criador, e o momento define sua titulação.


Observar cada detalhe, não deixar nada passar despercepitível, pois cada detalhe é um ponto fundamental e detalhes são capítulos importantes.


Procuramos paz, sorrisos, abraços para encontrar as cores quentes para registrar um momento de intensa alegria, sem esquecer o azul carregado de sofrimento, pois nele se concentra a maior prova da capacidade humana, simplismente seja um teatro, escape da realidade e sinta o poder de levitação de um mundo externos à suas rotinas.


Seja um acorde, o mais belo acorde no sentido expressivo, pelo fato de ser tocado com sentimento, seja qual for esse acorde e esse sentimento.


Cada acorde possui uma personalidade e uma expressão e todos são devidamente importantespara tecer essa teia musical, combinações sonorasque através de notas cantarão uma vida, e encantarão outras.


Seja um quadro, faça de suas cores o registro de sua arte, não importa se ela seja triste ou alegre, todos os sentimentos são essenciais e a alegria não faria sentido nenhum sem uma dose de tristeza, porém a alegria é um objetivo, e são poucos os artistas que usam suas cores.


Você pode viajar dentro de sua história e encontrar cores que serão distintas, serão suas cores, ferramentas para a sua expressividade, nada registraria com maior nididez seus sorrisos, suas cicatrizes do que suas próprias cores, e escolher uma cor não é fácil, implica em entender com exatidão aquilo a ser proliferado.


Tal como um acorde, na inquietação do artista o acorde perfeito pode surgir em um minuto, cinco anos, ou até mesmo nunca apareça.
A dança os movimentos retratantes de uma cultura, rítmados através da essência de um povo, pode se fazer milhares de músicas usando a mesma cadência com o mesmo instrumento, pois teremos uma ambiguidade enorme no sentido de reger uma arte.


Podemos condidera- lá um extensão da genética do autor, aquilo que ele pode transparecer, trazendo um sentido para as suas cores.


É registro, é histórico é tudo o que vivemos e sentimosa necessidade de registra, o artista, o inquietante sensível, vê a vida em sua arte e vive por ela, e nela padece, ele não se contenta em viver pela matéria, ele possui um universo paralelo, ele é o elemento perfeito que une história e criação.


A criação desperta, conduz, encoraja, alegra, une, entristesse, questiona, por fim a arte é um ponto de reflexão e toda reflexão borbulha o intelécto humano e isso é saúdável, quando o homem se faz um ser conhecedor.


Curioso o homem é artista de sua conciência, que retrata cores da sua inconsciência, o artista é fruto do artista, e dedica sua vida a isso e criar para ele é vital, fundamental para a continuação de sua jornada.


Um ser diferenciado com todos os seus sentidos expressos em suas obras, essencialmente ele precisa criar para viver, assim ele encontra sua liberdade, o seu paraíso, idéias são constantes e qualquer momento vira placo, vira tela, vira partituração, encenação. Basta que ele tenha as suas cores, as suas danças, a vida é um acorde e esse quadro deve ser pintado usando o mais belo acorde, encenad pelo mais perfeito protagonista, o próprio artista que regista o seu amor sua ternura, sua sensibilidade e tudo o que ele enxerga é arte.

O Mar


As folhas do coqueiro a bailar, no rítmo da dança dos ventos
é algo que trás paz a minha alma
De fato o ponto onde a terra termina e da espaço ao mar é o lugar mais precioso
que os olhos do homem já presenciou
Tranquilidade é algo que todos os seres humanos procuram
Poucos encontram, é no mar, na praia... no extremo do Brasil,
Que vejo como a vida é bela e rica...
Precisamos de energia e boas vibrações
Claro, eu tento fugir da realidade
faço do mar o meu ópio de sua voz a minha canção
Não preciso de deuses para me mostrar o que temos de bom
Eu encontrei, pois curiosidade é um congênito do ser humano
A natureza precisa estar em contato,
Não basta ver é preciso estar presente
E desfrutar do momento
Não é preciso rimas para uma poesia perfeita
Pois a perfeição é dispensável, quando temos a realização
Um mergulho te renova e trás novas energias, novas belezas
Caminhar naquelas áreias onde tudo aquilo já foram rigorosas pedras,
Saber que só podemos andar sob essas áreias e observar sua beleza
Tudo isso só foi possível devido ao milagre da vida, ao trabalho da natureza
Sentar beira mar, ouvir a canção da vida
O barulho das gaivotas, o andar das nuvens
O encaminhar da vida, o ciclo da natureza...
Nós podemos observar e desfrutar dessas virtudes
Não nasci para ficar preso, ou enquadrado
Gosto de ver a linha do horizonte, saber que tudo aquilo é uma miragem
Eu sempre terei um horizonte de diferentes polos
Enquanto eu tiver saúde, eu estarei sempre presente
Pois é isso que sempre me fez vivo
Saber que a vida não é só compromissos, horários, trabalhos,
obrigações, estudos... a vida também é liberdade, tranquilidade
felicidade...
Me faz feliz, saber que tenho uma imensidão para explorar
cada canto com sua beleza e que isso nunca irá acabar
Não preciso ficar preso em um chão, posso caminhar mundo a fora
eu sempre terei tudo o que quero e preciso...

Acreditar


Talvez em datado momento histórico que o homem vive o único direito que lhe é concebido, é o fato de ter o livre arbítrio, para escolher suas filosofias, escolher aquilo em que acreditar, claro que a mídia manipuladora vai cegar a grande massa, transformando tudo isso em uma grande homogenização, porém, ainda não nos tiram moralmente o direito da escolha.
Acreditar é um verbo que recentemente não tem sido muito conjugado pelo ideológico do ser humano, vivemos a era da informatização, somos bombardeados segundo à segundo por milhares de conteúdos informativos, é claro que ficamos perdido em torno desse mar de circunstâncias, o mercado quer que você consuma e eles irão te conquistar pelo apelo intelectual, isso ofusca o direito da livreopiniçao, hoje todos andam iguais, todos possui os mesmos bens de consumos e utensílios tecnológicos, não importa a sua situação financeira, você pode ter as coisas, você só não pode pagar, mas especialmente para tais situações foi inventado o crediário, para que realmente você não precise pensar duas vezes antes de consumir e se igualar à todos.
Então temos uma sociedade na qual o ideal é a padronização, efetivo de um marketing agressivo, o qual somos estuprados moralmente dia à dia, em pról da padronização...
Então assim o direito de acreditar sai da sua protagonização e dá a cena principal para a falsa ideologia de poder “Ter”, porém o seu ter, não é o seu “Ser”.
Claro, não são todos assim e em termos socioculturais a generalização é um erro, particularmente sempre duvidei de tudo e todos a minha volta então , o ponto principal é ver, duvidar e acreditar ou não naquilo que somos expostos, então o acreditar é algo vital na mente humana, eu não acredito em quase nada, não acredito em deuses, não acredito em políticas, não acredito em ideias e dogmas impostos pela sociedade, pois esses dogmas são reflexos das mazelas sociais das quais presenciando diariamente e as pessoas buscam essas práticas na tentativar de mercurizar suas falhas e suas feridas.
A dor do ser humano, pode ter alívio no fato de poder consumir, a vida não é bela, somos aqui depositados, para sofrer, o trabalho não é belo, o trabalho é uma condição precária do ser humano, você vive para isso e tem uma falsa ilusão que isso dignifica sua história, tudo o que o homem procura é falso, por que o próprio homem, colocou no lixo seu verdadeiro brilho, a dor nunca termina, ela é amenizada, por falsos lençóis, que lhe protegerão do intenso frio de sua alma.
Então, acreditar, dentro do congênito humano se tornou supérfulo, você não precisa acreditar, basta aceitar aquilo que históricamente foi imposto, pois o produto já está pronto e você já sabe o gosto disso, não terá que processar novos conteúdos, pois pensar, refletir é trabalhoso.
Porém eu tenho a certeza que algumas pessoas acreditam, eu acredito, eu acredito em algumas pessoas, acredito em alguns ideias, eu acredito no ser humano, eu não acredito em deus, eu não acredito no amor, dentro de um determinado contexto, falar do amor não é fácil, é a coisa mais complexa que o ser humano inventou, posso dizer que o amor se torna efetivo em algumas situações, acredito no amor de uma mãe, ou pai por um filho e vice-versa, acredito no amor do homem pelos seus ideias, acredito que algumas pessoas amam a sociedade, pois temos grandes manifestações em torno disso, não acredito na família, pois família é um composto de pessoas, mas a forma que ela é constituída na teoria muitas vezes não se aplica na prática, acredito no amor de irmão, não acredito que há amor entre um homem e uma mulher, pois isso se chama atração, por instinto o homem se atrai à mulher, e essa relação é confundida com amor, mas é o mais puro desejo carnal do ser humano, acredito em boas energias e boas vibrações, pois o ser humano é alimentado de emoções e essa troca se faz muito saudável, não acredito em religiões, essas são um caminho até deus, o qual também não acredito, a fé é diferente da crença, você ter fé, não significa religiosidade e eu acredito na fé, pois a fé é um fator muito importante na nossa realização pessoal, me desprendo das etimologias, pois não aceito o fato de você ter mil filosofias em torno de uma só verdade, que seria no caso deus, porém não temos evidência disso há séculos.
Por fim não acredito em nada do que é falho, então seja pessoas, idéias, conceitos, se é falho, me desprendo facilmente, pois não posso acreditar em algo que não me trás certeza, sim, sobre as pessoas, o ser humano é muito falho, mas não falo em atitudes, falo de personalidades, e isso é algo que ou o indivíduo tem ou não... não existe meio termo.
O mundo é composto de pessoas realmente muito fracas e doentes, a sociedade é uma grande epidemia, mas algo que me faz crer no ser humano, é saber que temos pessoas que não se importam com toda essa padronização doentia, saber que há pessoas que te fazem o bem, sem pedir algo em troca, saber que tem pessoas que se desfazem do orgulho e agem, integralmente sem segundas intenções, sabe que alguns ainda são detentores da inteligência, saber que tem pessoas que ficam felizes pelas as outras... e isso é tão raro!

Posso Acender um Cigarro...


Posso acender um cigarro???
O cigarro da paixão, o cigarro para distrair meus anseios, os meus medos, minha intranquilidade...
Você possui fogo??
Fogo, o primeiro artifício do homem, para que eu possa acender meu cigarro, sou tão pequeno, incapaz e intransigente que nem capacidade para me matar eu tenho, preciso sempre de ajuda, apoio, nada posso por mim mesmo.
Mas que culpa eu tenho?? Esse é o mal da humanidade, semore foi assim, precisamos de deus para acender nossos cigarros, precisamos que ele acenda nosso fogo para encontrarmos a paz interior, dentro de uma falsa e momentânea idéia de que está tudo bem, porém não está e nunca esteve...
A história da humanidade é um erro, o ser humano se fez errônico, e tudo o que foi dito e escrito também é um erro, e para nos desprendermos dessa dor deus nos acende um cigarro... Nos dá um amparo e conforto, sem esse vício você não vive.
O modo humano de vivência se resume à isso, eterna busca pelo vício, o vício que encoberta o medo, a ingratidão e a incoerência.. precisamos desse manto negro sobre nossa história para que isso lhe doa menos na alma...
o ser humano valoriza certas coisas que não existem, esse é o verdadeiro efeito do ilícito, daquilo que lhes é exposto, dogmatizado como uma cultura opressora, um mantra, lhe inserem a nicotína e você não percebe, quando você vê, é ela que te alimenta e sua satisfação se torna inerente á isso!
Mas deus está entre nós para fazer o seu trabalho , acender seu cigarro e adoçar o seu café, lhe distrair com falsos prazeres e nocivas idéias de Carpe Diem! a mesma mão que te afaga, te golpeia, sofremos uma lobotômia etimológica, para que tudo fique bem e calmo, mesmo dentro do mais mórbido e brizante dos infernos!